quarta-feira, 14 de novembro de 2012

[Silver] O Coletivo Só.


Ônibus [melhor quando lotado] é um bom lugar pra se pensar na vida.

                                                                (Desconheço autor da foto)
Tanta Gente junta, grudadas, chega a ser romântico se não fosse irônico estar nessa situação não com quem Amamos, com quem queremos perto de nós, mas por Gente como a Gente, mas que não sabemos nem se quer o nome, o tom da voz.

Sentimos tanta falta, de tanta Gente, e tanta gente sente nossa falta [ok, talvez não se aplique a quem escreve] todavia, falo no coletivo.
A moça sente falta do abraço do rapaz, o rapaz da serenidade e do perfume da moça, mas eles, ah, eles, estão distantes um do outro.
Do lado da moça há um rapaz que sente falta de uma outra moça que distante esta.
A velha sente saudades do carinho de seu velho, sente falta de conversar, de relembrar de velhas histórias.
Tem doutro lado, alguém louco pra saber mais sobre como era antigamente.

E nesse coletivo, todos unidos estão distantes, olhares pairantes olhando sem direção, digo, olhando e ansiando seu ponto chegar.

O motorista, lá, sozinho, calado, descolado do coletivo guia todos aqueles anseios, toda aquela saudade, todo aquele mar de sentimentos.
Quando sente-se mais solitário erra o ponto [de proposito?] e logo é lembrado, lembrado que existe, existe um ponto ali, lembrado que fez alguém perder seu precioso tempo.

   

Nenhum comentário:

Postar um comentário

[silver] "Que os pensamentos tornem-se a expressão do corpo"