Hoje posso olhar para meus grãos e entender que nenhum deles caiu em vão, nenhum deles foram desperdiçados por mero descaso.
Tenho lá uma casta de sonhos que não se cumpriram, mas de ante mão deixo-lhes claro que não por vontade ou tentativa de minha parte, pois o que pude fazer fiz e com muito vigor de minha idade de época.
Não me equivoco ao dizer que desperdicei de pressa alguns grãos de minha vida nos momentos em que estive cara a cara com a mulher de minha vida, tão pouco dos milhares de grãos que despejei nos momentos mais “envolventes” de minha vida, caro leitor, momentos esses que privo-lhes dos detalhes, mas adianto que foram mágicos.
Hoje tenho cá comigo meia dúzia de lembranças e algumas milhares de estórias de minha vida, onde pude ser Rei do reinando de Canflitornalandia, reinado esse onde fiz donzelas sonharem noite pós noite por mim, até que a ultima gota de um bom e velho whisky me fizesse ver que tudo não se passou de um breve sonho.
Todo homem tem pra si uma Diva, não tenha o trabalho de consultar aos dicionários, Diva é uma divindade feminina, uma deusa. É um substantivo feminino derivado do latim divus(deusa). Diva é uma divindade feminina, uma deusa. É um substantivo feminino derivado do latim divus(deusa), isso mesmo caríssimo, todo homem tem para si uma, e para com todos varias.
Somo todos apologistas, sejam quais forem as ideias, valhe-me lembrar que minha diva, minha princesa, largou-me quanto eu ainda era um jovem, tinha beirando os vinte anos, e lá estava eu sem ela, sem nada.
Não que isso tenha lá tamanha importância, pois fui-me deliciando-me com as poucas donzelas que me davam o prazer por moedas, casto nunca fui.
Pois bem, por cá me disperso, não por ter-me acabado assunto, é que falar para quem não responde é um tanto triste.
Governador de Pilates, 25 de Abril de 1825