Há momentos na vida dele que mesmo que queira não acharia palavras singulares para descrever seus sentimentos momentâneo, tão pouco ele saberia descrever a cor dos olhos verdes daquela caipirinha de vestido florido a quem olhará tão fixamente que perdeu a respiração.
Fez-se vivo, sentiu o pulsar do coração em desordem mais uma vez, sabia ele que aquilo em momento algum seria normal, sabia entender quaisquer que fossem seus anseios por ela.
Mesmo perdendo suas palavras.
...O abotoar da camisa,
a cada estalar arrepiava-se, sentia o corpo estremecer, a cada olhada ao olhos o tempo fazia-se infiel, cada respiração parecia a ultima, os botões acabavam-se um a um a cada estalo, como em um ritual de veneração, e toda aquela angustia chegava ao fim.
O ultimo esticar dos lábios, fez-se ver um lindo e moldado sorriso, dono de uma tola malicia, seu desespero foi claro, segurou as mão de princesa de lata, como a quem segura a mais fina taça de cristal como em um ato de desespero, puxou-a para si, os dois corpos se juntaram, as respirações cessaram-se em sincronia a altura do pescoço um do outro, digna de cinema, todo aquele barulho que os cercavam ficou em silencio para ouvir o pedido.
Palavras ao pé do ouvido, a cabeça dela foi ao ombro e os olhos fecharam-se...
Ficou claro aos olhares curiosos que algo mágico acontecerá, num momento exato, em uma brincadeira maliciosa do destino.
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[silver] "Que os pensamentos tornem-se a expressão do corpo"